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B E H I N D • T H E • S C E N E
Conhecer Coimbra é conhecer a história do início da nação portuguesa. Um desafio em que fui turista/viajante no tempo, onde o passado começa com a vinda de D. Afonso Henriques e sua corte para viver no Paço Real de Coimbra, já antes habitado pelos impérios romano e muçulmano. Hoje podemos encontrar o seu túmulo e o de seu filho D. Sancho I no Mosteiro de Santa Cruz, Panteão Nacional fundado em 1131. Um dos fundadores do mosteiro foi o Santo Teotónio, o primeiro santo de Portugal.
Subindo para a alta encontramos a Torre de Almedina, edificada sobre o Arco de Almedina, que tinha como função vigiar e defender a principal porta de acesso ao interior da muralha. A sua edificação poderá ser da época de D. Sesnando (séc. XI). Aqui encontrei instalado o Núcleo da Cidade Muralhada e Centro Interpretativo, no qual se conta a história da muralha e da cidade na Idade Média.
Este labirinto de ruas e as escadas do Quebra-Costas, longa escadaria da zona alta até ao centro histórico, constituem o interior da antiga muralha de Coimbra, área que era habitada pela nobreza e pelo clero. Passamos pela Sé Velha, sem dúvida um dos edifícios em estilo românico mais importantes do país. A sua construção começou em algum momento depois da Batalha de Ourique (1139), quando Afonso Henriques se declarou rei de Portugal e escolheu Coimbra como capital do reino. Na Sé Velha está sepultado D. Sesnando, Conde de Coimbra e uma princesa visigótica.
No alto da colina encontramos o Paço Real, morada e berço de reis, e mais tarde a Universidade, classificada desde 2013 Património da Humanidade. Mais de sete séculos de histórias, acontecimentos e pessoas que marcaram a história do nosso país, entre o muito que podemos ver, não podia deixar de falar da Biblioteca Joanina e da sua beleza ímpar, cujos guardiões são morcegos. Onde existe no mundo uma Universidade que habita num Paço Real?
A Alta cheia de histórias e locais para visitar, como por exemplo, o Museu Nacional Machado de Castro com importantes coleções artísticas e um criptopórtico romano.
Podemos ainda visitar o Jardim Botânico, criado por Marquês de Pombal em 1772, assim como muitas alterações deixadas pelo Marquês no Museu da Ciência, com um Gabinete de Física do século XVIII, e Galeria de História Natural, que mostram a grande revolução no sistema de ensino português naquele período.
No outro lado das margens do Mondego, temos a história de amor, um drama ao nível de Shakespeare, a história entre Pedro e Inês, que inspirou diversas artes como a literatura, música e poesia e até Camões nos Lusíadas imortalizou este amor.
Ainda na margem esquerda, podemos ver o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, fundado em 1283 por Dona Mor Dias e entregue às freiras clarissas pouco depois, até que Dona Isabel de Aragão – Rainha Santa – se dedicou inteiramente ao mesmo, mandou construir novos edifícios em estilo gótico, nos quais se destacam o claustro e a igreja. Pela sua devoção, a Rainha foi canonizada, continuando a ser, nos dias de hoje, uma das santas mais adoradas pelos portugueses. Devido às inundações, no século XVII foi construído o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, onde estão guardadas as relíquias da Rainha Santa Isabel, cuja mão se mostra em celebrações especiais.
A POSTCARD FROM COIMBRA foi uma viagem no tempo e de conhecimento, onde através da fotografia podemos “visitar” alguns destes locais da cidade, deixando a curiosidade para também virem conhecer.
Abraço.
Vitor Murta
Um turista por Coimbra
Texto – Sérgio Flores
(Curadoria)